CUB de março de 2021 análise dos números.
O CUB de março seguiu a tendência de alta, acompanhando a economia brasileira como um todo, que continua com inflação crescente.
A tendência de aumentos é geral no País, como mostra o IPCA de março que foi o maior registrado, para o mês, desde 2015.
O IPCA foi de 0,93%, com acumulado de 6,10% nos últimos 12 meses.
Dos estados que utilizamos no simulador de custos de obras, como representantes das 4 regiões brasileiras, somente o estado do Pará apresentou tendência de redução nos valores do CUB, o que pode ser explicado como uma acomodação em virtude das fortes altas que seu índice teve nos meses de janeiro e fevereiro.
Menor redução do CUB no Brasil em março/21
A menor variação do CUB de março foi registrada no estado do Pará, com 0,78 %, seguido de Goiás que registrou 0,95%.
Mesmo com o menor índice o Pará tem a maior alta acumulada em 2021, com 7,97%, além do maior aumento acumulado nos últimos 12 meses que foi de 22,31%.
O estado de São Paulo foi o terceiro estado com menor alta no mês, que foi de 1,55%.
Somente estes três estados tiveram aumento do CUB inferior a 2%.
Maiores altas do CUB de março de 2021
As maiores altas no mês foram na Bahia, com 3,36%, e no Distrito Federal, com 2,60%.
No Distrito Federal onde o CUB representativo teve alta de 2,60% o aumento para as construções residenciais foi ainda maior.
No caso das construções residenciais térreas, de padrão baixo, o aumento registrado foi de 3,29%.
Veja no gráfico abaixo as tendências verificadas nos valores do CUB, por estado:
Preços dos Materiais em São Paulo
Maiores altas nos materiais
O estado de São Paulo teve alta do “CUB referência” de 1,55%, porém, os materiais tiveram aumento bem superior, registrando 3,87%.
Os preços de materiais que mais subiram em São Paulo são os seguintes:
Fio cobre isolado 750 V 2,5 mm² com 8,16%
Aço CA-50 Ø 10 mm com 7,15%
Disjuntor tripolar 70 A com 5,91%
Tinta látex branca PVA com 5,15%
Porta lisa p/ pintura 3,5x70x210cm com 4,57%
Em 2021 o aço CA-50 de 10mm já acumula alta de 23,64% em São Paulo.
Materiais que menos aumentaram em março/2021
As maiores reduções de preços de materiais, também em São Paulo, foram:
Brita 2 com uma pequena redução de -0,01%
Cimento CPE-32 Saco de 50kg com aumento de 0,42%
Placa cerâmica (azulejo) 15x15cm 1ª linha PEI II com aumento de 0,92%
Abaixo você pode ver o resumo dos números do CUB de março de 2021
Preços e consumo de cimento
Na pesquisa de composição do CUB, no estado de São Paulo, o cimento apresentou uma das menores altas entre os materiais listados, com 0,42%.
No Rio Grande do Sul este material não teve variação de preço em relação ao mês de fevereiro, ou seja, não teve aumento.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), o consumo de cimento no mês de fevereiro de 2021, cresceu 14% em relação ao mesmo mês de 2020, apesar da pandemia que tem castigado a maioria dos setores da economia.
A autoconstrução foi um dos fatores que ajudaram no aumento de vendas do setor, conforme relata o economista Flávio Guimarães, do SNIC.
O presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna, alerta que os bons números da comercialização do cimento estão bastante ameaçados pela situação geral do país e da economia mundial:
“A forte pressão no preço das commodities está afetando o mundo e no Brasil a situação se agrava em razão da acentuada desvalorização do real. Desta forma, a indústria nacional e do cimento, em particular, vêm enfrentando aumentos expressivos nos custos de produção. Mais do que nunca é fundamental acelerar a vacinação em massa e as reformas, principalmente, a tributária”
Engenheiro Civil e Técnico de Edificações, formado pela Universidade Católica de Goiás em 1996. Ao longo dos anos tive a oportunidade de trabalhar no planejamento, execução e controle de obras de construção civil residenciais, comerciais e institucionais, de pequeno a grande porte. No site Gerência de Obras compartilho informações e experiências adquiridas com quem pretende construir ou reformar.
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