CUB de Junho de 2021 Custo do Metro Quadrado em Alta

O CUB de junho de 2021 fechou o primeiro semestre mantendo a tendência de alta dos preços, assim como os demais segmentos da economia brasileira.

O CUB representa a evolução do custo do metro quadrado da construção no Brasil.

O custo do metro quadrado da construção no Brasil sofre a influência da instabilidade política, efeitos da pandemia e disparada dos preços de combustíveis, energia e dólar.

Alguns materiais apresentam aumentos tão expressivos que podem até inviabilizar uma obra, como é o caso do aço.

A partir do mês de junho passaremos a utilizar como estado representante da região sul em nosso simulador de custos de obras o estado do Paraná, mas vamos registrar, também, os números do Sinduscon de Santa Catarina.

Variações do CUB de junho de 2021 por Estados e Regiões

Acompanhe agora uma análise de alguns dos estados que representam as regiões brasileiras em nosso simulador de custos de obras.

Região Centro Oeste

O CUB de junho de 2021 no estado de Goiás apresentou alta de 1,298%, com o valor representativo (R-16A) passando de R$ 1.976,44 para R$ 2.002,09. Goiás apresenta a alta acumulada no ano de

No Distrito Federal o CUB teve elevação de 3,23%, sendo que o valor representativo (R-8N) passou de R$ 1.594,66 para R$1.646,65, conforme divulgado pelo Sinduscon/DF em 05/07/2021.

cub de junho de 2021

Região Sudeste

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No estado de São Paulo o CUB teve aumento de 3,00% no mês, acumulando no ano 11,03% e nos últimos doze meses um acumulado de 17,44%.

Com isto o CUB representativo de São Paulo passou de R$1.658,43 para R$1.708,12.

No estado de Minas Gerais o CUB representativo subiu de R$ 1.743,06 para R$1.766,56.

Isto representa aumento de 1,35% no mês.

O estado de Minas Gerais acumula aumento do CUB nestes seis primeiros meses de 2021 de 12,39% e acumulado em doze meses de 20,13%.

Região Sul

No Paraná O CUB de junho de 2021 apresentou alta de 1,48% no mês, 7,94% no ano e 14,93% nos últimos 12 meses.

Veja tabela com valores do custo de construção residencial padrão normal em vários estados:

cub de junho de 2021 custo residencial R1

Preços dos Materiais CUB de Junho de 2021, com análise em São Paulo

Os preços dos materiais de construção acumulam alta no primeiro semestre de 2021 de 19,09%, com base nos dados do Sinduscon/SP.

Nos 12 últimos meses a alta acumulada é de 35,25% e 2,52% de maio para junho.

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O IGPM-Junho/21 teve aumento de 0,60%, mas no acumulado do ano apresenta o número de 15,08% e nos últimos doze meses 35,75%.

Dá para ver que o comportamento dos índices no acumulado é bem parecido.

 

Os materiais que subiram de preço no acumulado dos últimos 12 meses são:

1 – Aço CA-50 Ø 10 mm……………………………………….78,82%

2 – Fio cobre antichama isol. 750 V 2,5 mm²…………61,99%

3 – Tubo de ferro galv. c/ costura Ø 2 1/2″…………….54,87%

4 – Cimento CPE-32 saco 50kg……………………………43,00%

5 – Chapa compensado plastificado 18mm…………..40,56%

Materiais com menores alta no acumulado de 12 meses:

25 – Areia média lavada…………………………………….10,11%

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26 – Telha ondulada fibrocimento 6 mm……………..9,53%

27 – Alimentação tipo marmitex nº 8………………….8,66%

 Abaixo a tabela com maiores alterações nos preços de materiais no mês:

cub de junho de 2021 preços de maateriais

Consumo de cimento no País

O consumo de cimento é um dado de extrema importância para avaliar o momento e as perspectivas do mercado da construção.

Os dados de venda de cimento em abril/2021 apresentaram crescimento surpreendente, mas não tanto encorajador por conta da comparação com o ano anterior, como aponta dados do SNIC.

“As vendas de cimento em abril totalizaram 5,3 milhões de toneladas, o que corresponde a uma alta de 26,5% em comparação ao mesmo mês de 2020.

No acumulado do ano, 20,4 milhões de toneladas foram comercializadas, aumento de 20,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados são de um levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).

Esse resultado se deve, principalmente, a uma base de vendas muito fraca no primeiro quadrimestre do ano passado, especialmente abril, que teve o pior desempenho (-6%) da indústria do cimento em 2020.

Isso faz com que o efeito estatístico alavanque variações positivas, provavelmente até maio.

No tocante a abril de 2021, os principais indutores de crescimento continuam sendo as obras imobiliárias e as reformas residenciais e comerciais.

Na avaliação por dia útil – indicador que analisa o número de dias trabalhados –, em abril, as vendas aumentaram 8,2% face a março, com 237,2 mil toneladas de cimento comercializadas. Em comparação a abril do ano passado, houve alta de 25,8%.

Segundo a SNIC, os cortes no orçamento do governo federal, principalmente em atividades como infraestrutura e programas habitacionais como o Casa Verde Amarela, aliados a outros fatores como instabilidade macroeconômica, desemprego em alta, ritmo lento da vacinação e a perda da massa salarial vem abatendo o otimismo e aumentando ainda mais a incerteza e a cautela do setor produtivo brasileiro.”

Preocupação com preço de energia elétrica

Os preços dos materiais dificultam a atividade do pequeno construtor e das famílias que querem construir ou reformar, mas outra conta preocupa o mercado.

Representantes das industrias já manifestam preocupação com o aumento do custo da energia elétrica.

“O aumento de mais de 20% na bandeira vermelha da conta de luz, informado na terça (dia 15) pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), preocupa o setor da construção civil.

O principal impacto deve vir por meio dos materiais utilizados nas obras.

Alguns deles demandam alto consumo de eletricidade durante a fabricação e esse custo deverá chegar aos canteiros.

O alumínio é apontado como a matéria-prima que mais demanda energia, com cerca de 50% do seu custo de produção atribuído ao consumo de eletricidade, seguido pelo cimento e o aço.

“O alumínio é um material que especificamente utiliza muita energia, mas vou ter impacto de forma geral em todos os processos fabris”, diz Carlos Borges, vice-presidente de tecnologia e sustentabilidade do Secovi-SP (sindicato da habitação).

Isso atinge o setor em um momento já complicado de aumento de preço dos insumos.

O INCC (Índice Nacional da Construção Civil) chegou a 15,25% no acumulado dos últimos 12 meses, e alguns materiais subiram muito acima disso.

Borges aponta que o aço deve chegar a 150% de aumento em julho, se comparado com o preço praticado em março de 2020.

“É uma loucura, estamos vivendo um momento quase dramático”, diz.

“Muitas obras, especialmente as populares, estão se inviabilizando, porque não tem aumento de renda do consumidor e do valor do imóvel.”

Jayme Holloway, diretor de engenharia da incorporadora Paes & Gregori, afirma que muitas obras são fechadas a um preço indexado, e nem sempre as variações em seu custo são captadas inteiramente pelos índices, o que resulta em prejuízo para as incorporadoras.

A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) afirmou, em nota, que manifesta preocupação com as notícias sobre aumento da tarifa de energia.

“O tema é bastante sensível à indústria de materiais de construção, sobretudo para alguns setores, como o siderúrgico, cerâmico e de vidros”, afirmou.”

Esta matéria foi veiculada no site <grandesconstruções> sob o tema preço da energia preocupa construção.

O que fazer neste momento?

A economia brasileira viveu um momento de pujança, mas já se vão alguns anos em que a luta pela estabilidade econômica parece não encontrar o rumo da vitória e os aumentos de preços registrados pelos cub de junho de 2021 ajudam a mostrar isso.

Mas o construtor no Brasil já passou por muitos altos e baixos e sabe que neste momento o melhor a fazer é manter a calma, fazer orçamentos de obras realistas e sempre checar todas as informações de custo antes de fechar qualquer contrato.

No momento das compras a cotação se torna mais importante ainda, garantido bons negócios e viabilizando seus projetos.

Veja o vídeo com análise do CUB de junho de 2021:

 

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